Ofelino Dois

já é noite e meu gato está sentado ao pé da porta, do lado de fora, como sempre. lá, há um indício de lua cheia – que não é poesia, mas realidade. escondido, emito ruídos estranhos pelo vão da porta lateral, ruídos não humanos, creio. ele tem medo? fica impassível. saio de fininho para a cozinha fosforescentemente iluminada.