Tanta Gente Fazendo

o bem
tante gente fazendo
o mal

e eu
uma pedra
no meio do caminho.

A Gente Só

come o pão
que a gente mesmo
amassou

DEUS


DE
EUs

a v i d a é
d a h o r a

Intestinamente Falando (3)

vamos pior que viemos

Meu Corpo

meu como

E, No Entanto,

as pessoas vivem.

Quantas Vezes Disse Parabéns

querendo dizer pêsames

haical VIIII

o agora
é a hora
do não

Tudo Errado

a qualquer momento

estudo

tudo
do
tu
eu.

Três Brigadeiros Numa Caixa Trocada

menina:

me ensina:
a cidade?

O Pouco Que Tenho

pra dizer,

no pouco que digo,

e ninguém me ouve.

Como Uma Formiga Soldado

sempre à procura do que não vai achar.

Na Dúvida

eu acredito

Haical VIII

o ouvido do grilo

deve ter uma birra

com a perna que grita

Haical VII

in three hours

the two flowers

of atomic pounder

Haical VI

valha-me lua

tua velha

navalha de luz

Haical V

fico irresoluto

diante do absinto

e do absoluto

Haical III

eu já não sei mais

se é o céu que

com as nuvens

desce

ou se é a terra que

com os morros

cresce

Haical II

não se curse

o rio se esquece

descendo pra lá

Haical I

o dinheiro não inexiste mais

até os amadores

são profissionais

Lados

sem os quais questão não há

Xampu Anticaspa

- pq vc usa xampu anticaspa?

- pq n tenho caspa.
- mas vc tinha?
- eu tive.

A Monumentalidade Do Oscar Ofus

cou a genialidade do Lucio.





 - é a sombra do não-ser

Eu: Falo

verdades

Não Escrevo (II) Mais

porque escritor é um ser humano frustradamente satisfeito

O Problema Não São Os Diferentes

mas o poder deles sobre nós

Se É Reto É

porque está lento

Inclusive Isto:

meus incômodos

Arte PQ?

a vida é uma questão de contribuição

Somos Politeístas:

física

química
matemática
biologia
geografia
astronomia
história
arte
seres humanos
puta que o pariu

A Felicidade

é uma escolha como qualquer outra


(além de uma gota de orvalho...)

Tempo Limite

foi quando largou algo no forno enquanto tomava banho, mas o banho estava tão bom...

Dont Know How

1. non 2. humor 3. sense

1. non 2. sense 3. humor
1. humor 2. non 3. sense
1. humor 2. sense 3. non
1. sense 2. humor 3. non
1. sense 2. non 3. humor

Laço

é nasce

separadamente se
lace

Laço

sou nasço

simplesmente eu
laço

Não Coma Ser

seja.

Não Foi A Moça

peloamordedeus:


foi a criatividade.

Soluções III

mijar na cama.

um avião flutua lentamente

no ar
um navio corre
pela esteira oceânica

cadê minhas metáforas?

Precisa-se Aprender

a respeitar as pessoas como elas [querem ser].

Life Is

suicide.

Pus Logo Meus Óculos

mas estava escuro -


não enxerguei porra nenhuma.

Cruze Os Braços Relaxados

quebre a cabeça.

Pior Que Estar Errado É O Próprio Medo

de estar errado.

Spirogyra Is

spairogiáira.

Só Serei Feliz Quando Não Tiver Motivos

para ser.

Eu Não Sei

tenho certeza.

Não Importa O Que Sou

importa aquilo que posso ser.

Só Sei Que Tudo Sei

mas ainda assim estou sempre errado.

É Normal

quem tem medo.

Nossa Era:

a vida é o limite.

Sou Escritor Demais

para me tornar um.

O Cinema - E Seu Sucesso

são provas definitivas de que somos sem graça.

Mercado:

play-nos.

Eu Preciso Ter

certeza.

Infancia:

sobrenomes-palavrões.

O Nosso Preconceito

sempre tem razão.

Feminismo:

eles são demais!

Minhas Personagens São Caras

que eu poderia ter sido.

O Mundo São

marés.

O Eclipse De Ontem Foi

um fenômeno: ninguém soubera que iria acontecer.

Da Série (Parênteses): Basta Acreditar

(...)

Criar É

invoar.

Tem Chuva

que nem guarda-chuva.

Da Série: Penso, Logo

, destruo.

A Vida / Depende

muito / da gente.

Com Café

suborno meu sono.

Minha Cabeça

é um parque de diversão.

Vende-se Léxico II

grande promoção!

pague somente r$3,59 por 5 verbetes!
e ainda!
pagando mais r$0,59 você leva os 5 verbetes com a rima que quiser!

Suas Crenças Valem Absolutamente Nada

Pergunta:

vendi a imaginação pra vaidade?

A Bela

e o brasileiro.

Money Drives You

(...)

Limite É O Começo

do fim.

Sad

this chair will take no more piece from my ass.

Desculpem-Me As Metáforas

não tenho ócio que me permita.

Eu Queria Ter Suicidado Hoje

mas domingo é muito clichê.

Mulheres Têm Um Defeito

gostam de homens.

Deve-se Ir Até O Fim

do benefício.

Parafraseando

bebi a vida em colher(z)inhas de café.

Só Se Morre Depois De Viver

os que vão mais cedo, vão-se com antecedência merecida.

Dúvida Existencial

no petit-gateau o chocolate e o creme devem ser comidos juntos ou separados?

Minha Ida São Remelas



minha volta são suores.



minha vida são catarros.

Morrendo (II)

sentirei saudades.

Definitivamente, Eu

não sou eu.

Eu Ia Dizer A Um Mendigo

mas resolvi dizer pra você.

Felicidade É Pacto Com O Diabo

para ele não incomodar.

O Personagem É

carente do espectador.

Agradeça Ao Problema

por não ser você.

Esse Vento Que Não Sei

se é vácuo.

Ter Pressa É Mais Ou Menos

pegar o metrô no meio do túnel.

Até Que Ponto É Evolução

até que ponto não?

Morrendo

deixo minha senha.

Tornando

Do assuntado sai o barato. O caro é ilusão dada a valer. O tempo - sem limites.

Só Quero Deixar Bem Claro Para O Futuro

que isto tudo é horrível, sim.

Senha

foi quando os números valeram mais.

Hoje

nunca mais.

Eu Não Sou Feliz

pra não causar inveja nos outros.

Lá, Aqui

o meu restaurante tinha uma câmera em cima da balança, junto com a etiqueta de preço e peso, tirava uma foto. a gente pesquisava, passava foto por foto vendo quais eram as comidas mais servidas, quais as combinações preferidas. o meu restaurante, de quilo, virou p.f.

Soluções II

soro fisiológico.

Esse [Por Quê?] Tem Nome:

deus.

Alguém Que

seja.

Alguém Que

nem longe esteja

Alguém Que

perto não fique

Seja Você Também!

um Nicodomus L.

Eu: Falo

múinto.

Guimarãesrosite XVIII

Ali era de muitas bastantes saúvas. Intocáveis.

Guimarãesrosite XVII

De sofrer o sofrido que o sofrente se dessofre: ao tanto.

Guimarãesrosite XVI

Quando cachorro late preso é que gato tem um melhor espreguiçar debaixo do seu sol.

Guimarãesrosite XV

Dos decertos pouco errado se tem.

Guimarãesrosite XIV

No janeiro, o senhor sabe, ao dia o sertão dá pouco entardecer. Contrasta alto, sem desmesurar. O sertão é termo certo e perto. Vai longe...

Guimarãesrosite XIII

Era nada menos, tudo mais, que...

Guimarãesrosite XII

Ora. E não é no devendo o devido pagamento?

Guimarãesrosite XI

Sujeito assim assaz, de sortes e consortes.

Guimarãesrosite X

A verdade é são contradições.

Guimarãesrosite IX

Coisa natural! - de desenhos e diburros.

Guimarãesrosite VIII

No duro? No duro do batido...

Guimarãesrosite VII

Passo preto é boa moça
Asa branca é racho chão
Se casado sai da linha
Retirado é precisão

Mas se a moça não é minha
Isso é caso de prisão
Se na terra brota milho
Volto já lá pro sertão.

A saudade que se diga
O anúncio do trovão
Não nasce em pé-de-estrada
Mora no meu coração.

Guimarãesrosite VI

Sujeito, do avoar lang’o de urubu.

Guimarãesrosite V

O tempo desaprende, p’ra mod’e saber mais. Daí se esquece – o menos carecer .

Guimarãesrosite IV

O tal dito, o Maldito.

Guimarãesrosite III

Assim que. O assado dito, o muito se conforma: se conformamos.

Guimarãesrosite II

Porque, por mór, se foi.

Guimarãesrosite I

Dos oito, os oitavos – dos resto, os restavos...

Priiiiii!!! E O Jogo É Paralisado Para Uma Substituição!

-sai o inseticida para a entrada de um pano-de-prato...
-estranha substituição, não é?
-olha, o presidente tem que mandar internar o técnico!
-um momento, ouvi daqui as instruções, parece que o inseticida estava se desentendendo com o orçamento...
-ah, está explicado.
-voltemos ao jogo.

Soluções

asfalto.

I (Da Série “Você já...?”)

você já se surpreendeu com um sapo no seu pé?
então você não conhece o legítimo Banho Caipira®!

Meus Personagens

para onde vocês vão?

O Dicionário Mal-Educado (III)

caos. 1. decorrência do caráter relativo do conceito de lei.
lei. 1. existência possível somente no plano relativo.
caos. 2. possibilitador oposto ao conceito de lei (no plano relativo). 3. inexistência de lei.
deus. 1. expressão do indizível.

Isquédul

esta postagem será publicada em breve.

O Homem, O Vento E Os Passarinhos

eu sou homem
e gosto de passarinho
o vento não é homem
e não gosta de passarinho

o vento
desumano
carrega seus ninhos
incomoda seus vôos
espanta seus galhos
de apoio

eu sou humano
faço minha parte
me agradam suas asas
replanto suas árvores
e basto.

o vento
inumano
não se basta
arrasta seus ninhos para longe
e foge.

eu
homem
sou amigo
vejo-os partir no horizonte
e fico.

Dinheiro

eles nada, nóis navega.

Paisagem Rara

convales, mossas, morrotes.

No Espelho

sou emoldurado por idênticas e inúmeras vulvas.

Se Tenho Que Voltar

então melhor é nem ir.

Meninos: Pela Última Vez

- vocês não são miojo, vocês são cream cracker!

Intestinamente Falando (II)

alguém aí pode me dizer quanto custa a fiança?

Intestinamente Falando

é tudo uma merda.

Dois ACM's

para uns, ACM causa horror ou admiração, mas para outros é somente uma legenda: avaritia, cupiditas, melancholia.

Um Começo Com As Drogas Em Edição Bilíngüe

S.S.: i'ma stone of dinossaurs compounds of me, tha stone.
N.L.: sou a lenda, sussurrada pelas fronteiras inexistentes do meu povo lendário.

Ilmo. Senhor Delegado da Polícia Doméstica,

venho por meio desta apresentar fundamentada queixa contra a geladeira marca brastemp, modelo duplex, produzida em 1991, cor marrom, capacidade 410 litros, instalada nesta residência. certo é que, como se pode denotar de sua razoavelmente distante origem, ao menos no que diz respeito à vida útil dos seus pares contemporâneos, ela me prestou, por assim dizer, os imperecíveis serviços a que se prestam as geladeiras. ocorre que tal refrigerador vem se utilizando, sem qualquer justificativa empiricamente verificável, ou seja, por meio de termômetros e toda sorte de instrumentos ilibados, uma quantidade absolutamente incompatível com o que se serve a realizar. por certo que, se por um lado é justificável, num espectro comparativo com produtos semelhantes cuja moderna fabricação se submete a regulamentações severas no que tange sua eficiência, é dizer, consumo de energia reduzido em contrapartida de uma prestação de serviço impecável, e sua respeitabilidade ao bem-estar ambiental, a que todos os coevos esforços estão voltados. no entanto, ilustríssimo senhor, sabemos não ser a superior idade motivo escusador frente às leis da nossa república, em regra indiferentes, com razão, às peculiaridades do caso in concretu, o que, não raro, poderia suscitar inadequadas compaixões nos falhos corações humanos, honrados servos das nossas doutas autoridades. não, ilustríssimo senhor, a ré – porque é pacífico a criminosa ora denunciada tornar-se ré -, em verdade, aproveita-se ignominiamente da sua condição de indispensabilidade aliada ao respeito ainda dispensado aos anciães nesta residência, para, a qualquer hora do dia e da noite, pôr seu mecanismo em funcionamento, frisa-se, em proveito próprio e não outro senão o próprio, seja por vexatória personalidade jactanciosa, seja por simples balbúrdia da ordem doméstica, absoluta, no dizer popular, falta do que fazer ou inclusive por algum certo vícios, mas nem por isso irrepreensível. não, ilustríssimo, o ordenamento pátrio não deixará de punir um escravo, porque todos somos fiéis escravos da nossa senhora chamada lei, que, por qualquer motivação, imputa-lhe à alva ordem uma negra mancha de ilegalidade. fato é que a ora denunciada vem repetidamente ignorando as admoestações causadas a este humilde proprietário pelas elevadas dispensas mensais afluídas nas justas faturas de consumo elétrico auferidas pela nossa digníssima companhia de energia. não será mister mencionar o dispositivo legal em cujo preciso gume se encerra tal comportamento, tendo em vista o supremo saber com o qual o ilustríssimo senhor é reconhecidamente imbuído, o que se fará por simples amor, ou mais, pela sublime paixão a que me permito, à letra e ao direito, qual seja, o preceito que trata do furto de energia, submetendo-nos ao artigo 155, parágrafo 3.º, do nosso prestimoso Códice Criminal.

Quatro Definições

PENA
Sustentação dada pelos amigos.

HUMOR
Um saquinho de chá cair no nariz.

INTELIGÊNCIA
Muito sangue no cérebro.

DIFICULDADE
Acertar o buraco.

Há Nas Tripas Um Coração?

use o spray Dicionário!

O Dicionário Mal-Educado (II)

comer. v.t.d. 1. cozinhar. 2. lavar a louça. 3. cagar.

eu. pron.pes. 1. ser que, dada alguma liberdade, sobe-em-cima. 2. ser que, sofrendo alguma reclamação sobre suas maneiras de subir-em-cima, desce.

Sexta-Feira Treze

quando é que vai acontecer alguma coisa que justifique tudo isso?

Sonhando Acordado

- eu tinha muita consideração pela sua pessoa...

Por Favor, Entre Na Fila

vivo sozinho, não tenho com quem falar. tanto melhor: abrir a boca é perigoso, mosquitinhos fazem fila pra invadir.

Lista de Desejos

quero ser Nicodomus L.

Made In China (Post interativo)

Até tu, ________.

É De Se Pensar

se há aqui a mesma audiência de uma botelha jogada ao mar e confortavelmente aconchegada na fossa das marianas.

Vende-se Léxico

verbete em contexto: r$0,89
verbo: r$0,69
verbete simples: r$0,49

Lista de Compras da Minha Guerra Particular

2 tubos de SBP (do tradicional)
1 refil Raid (líquido)
1 caixinha de refil Rodasol (pastilhas)
2 latas de Penetrol
8 metros quadrados de tela
2 lâmpadas amarelas
1 pacote de espiral repelente
1 muda de capim-citronela
1 litro de álcool líquido

Ps: Quando eu me mudar vou soterrar minha casa, proteger o mundo da sua toxidez cobrindo-a com uma camada espessa de concreto.

Estudo Da Criatividade

ontem fui à sua casa e descobri que não era mais sua. estive cozinhando pra você, mas apareceu uma senhora germiniana com dois filhos, um cachorro, uma bolsa de couro, três sacolas de supermercado, além do senhor germano. eles apreciaram a comida como você apreciaria, o que me deixou aliviado: não perdi herbes de provence. confesso que pensei em suicídio, mas sei que você ainda está viva pelo recado que deixou no meu celular hoje de manhã, cobrando aquele dinheiro que você insiste em dizer que lhe devo, não devo, é o que fui lhe dizer, mas descobri que você não mora mais lá. onde afinal você mora? depois fui à casa da sua mãe e confirmei a existência de serendipitismo na nossa vida; ela estava dando para alguém que não era seu pai e nem eu me toquei de interrogá-lo a respeito de sua identidade (tampouco sou eu autoridade para tanto): se as últimas palavras que dediquei a você foram – “filha da puta” – lhe fio que eram parte da minha forma de expressar os sentimentos que nutria por você, mas nunca, ou pouco, imaginei que fossem verdadeiras e que portanto deixariam de atingir você diretamente, para, também diretamente estalar na então rodada testa da senhora sua progenitora. agradeço a ela pelos docinhos que me foram presenteados e por aquela cueca lavada; agradeça-a você também por ela maternalmente tirar esse peso das suas costas: puta, ela. ainda assim não consegui que ela me falasse o local da sua residência corrente; ela estava de boca cheia, entenda-me você que entende do bem do assunto. não tive outra opção senão gastar o pouco dinheiro que tenho – obrigado – para subir no pão-de-açúcar, andar no bondinho e despender intermináveis horas e r$ a investigar toda a superfície terrestre e aquática com aquelas lunetas turísticas por aquela calcinha amarela com os dizeres broxantes – “é um pintinho amarelinho” na frente, e “cabe aqui...” atrás – que você faz questão de pendurar nas janelas de todos lugares que freqüenta, como se fosse um labrador demarcando território – ah, sim, o cão da senhora germiniana era um labrador gold bobo e inútil, como de resto são todos os animais de estimação, necessariamente; doutro modo não seriam referência para que seus donos possam se iludir na sonhada superioridade. aliás, como vai o serpente, o chiuaua mais fedido do universo canino? bem, tampouco encontrei seu sinal amarelo, e tive preguiça, como sempre, de me posicionar no lado oposto ao meu ponto-de-observação, até porque eu não sabia qual poderia ser tal outro ponto. tentei dizer a um helicóptero de turista que sobrevoava todo nós que eu era o sucessor natural do bill gates da microsoft, mas tive o azar dele próprio ser um dos passageiros – ou ao menos foi isso que ele me falou, não sem certo desprezo pela minha condição de potencialidade, e ainda por cima falsa. se fosse você, me tomaria a mão e me soltaria a 45 milhas oceânicas para além do mar territorial brasileiro: mais uma prova de que nos amamos, de que devemos ficar juntos, com ou sem hematomas, até que o primeiro se suicide, deixando um bilhete assim:

- “ DESISTI “ -

nunca é tarde para.... a reconciliação, VAI??

O Meu Primeiro E-mail - Para Mim?

cristina@revistapiaui.com.br
16 de Fevereiro de 2007 11:28
Para: padrelourenco@gmail.com
Lourenço,
Seu texto excede os 3.200 caracteres estabelecidos como limite pelo concurso da piauí. Que tal reescrevê-lo?
Um abraço,
Cristina Tardáguila


___________________________________

nota: adoro ser tratado com todo o respeito e distinção que mereço daqueles que não me fazem idéia. também, quem mandou se embriagar e enviar um texto pruma revista chamada piauí? não, minha linda tardáguila, não reescrevi, claro, óbvio, evidente que não iria reescrever. mesmo que isso acontecesse, um ineditismo em toda minha extensa obra, seria difícil tomar outro porre de iguais homeridades para me dar novamente essas idéias de enviar textos a concursos repleto de limites. cris, que tal reescrevermos juntos o vosso sobrenome nas futuras gerações, que ele me faz lembrar uma tarde que nunca tive com o maguila, e pretendo não ter nunca, nem sob os piores estados ébrios como esse que nos pôs em contato. cris. cris é melhor. me chame de nic, naquela nossa nunca intimidade, combinado?, sem limites e sem rascunhos - é agora e nunca mais. e, por favor, lourenço é broxante! se não fosse, estaria tatuado no meu pau e não no meu email, certo? mas tudo bem, como anda o sovaco do nosso cristo?

E Essa Escuridão, Quando Chega?

pra quê escovar os dentes, dar descarga, lavar por debaixo das unhas? pra quê, afinal? dizem que alguém me criou, o criador, mas não me dizem, nem ele é macho de aparecer e se impor na minha língua – pra quê: vão me enganando e me jogando de um lado para o outro; isto aqui afinal é uma repartição pública ou um cruzeiro transatlântico? aliás, não entendo a gente que escreve poemas por aí e, além de chamar aquele amontoado de esquisitices e inspirações súbitas de poesia – como se fosse competição de quem se faz o menos compreensivo –, só se dá ao trabalho de apertar a tecla do enter; e é assim: a poesia virou prosa-mais-enter. ainda me expresso mal, não é nem prosa, muito menos mais; tampouco é competição: são todos dóceis. enter, vá lá, como sempre digo. digo, como gostam atualmente, ou melhor, escrevo como digo: entendam-me, nem alguém me explicou alguma coisa direito; ao contrário, tentam me desexplicar tudo e mal-feito: dizem, vejam só, até que A é A, como se A fosse sempre A. enfim, sejam A e A o que for, ainda não me responderam, nem tampouco eu consegui me responder a mim mesmo: pra quê? pra quê? pra quê ao infinito: assim, quem sabe, fica tudo explicado, ou dito, ou não-dito, que é melhor; pra quê todas aquelas flores, os presentes arranjados, pra quê tudo isso se na primeira escapulida ela me recebe chorando e empunhando uma vassoura? eu também estou chorando, é o que tento convencê-la, e ela acha que chorar não vai além de lágrimas, vive sob a ditadura da expressão: não se pode ser se não se parece sendo, nem que seja por meio dos cabos transatlânticos, o que é outra vez melhor: parecer-se lá do outro lado é parecer-se mais. desde que nasci venho chorando, em berros piores que aquele pequeno da pizzaria, lembra? mas gemo escondido: piores e cegos são os que choram para todos, os que fazem gritaria, esses são os cachorros que só latem, os lobos que só uivam: não os vejo nem os temo – os humilhados nunca são temidos. eu, não me entrego: não grito. fui à europa e dei meu baile: mijei na salona dos espelhos, que era para eu me ver bem e ver na esguelha o terror no rosto dos branquelos, como se estivessem diante do açoite anacrônico de um escravo: olha lá, meu filho, a beleza do jardinzinho de versalhes! beleza é isto, sente o cheiro, minha dona, amarelinho como a camisa da seleção, disse por cima bilíngüe, para dar lambuja aos metidos a desentendidos: sempre há essas corujas que fingem dormir o dia para contarem o dinheiro no regaço da noite – aníbais-sem-braço. nos estados unidos, pichei alcorão, da direita para a esquerda, naquele livro que a estátua nunca leu: quando baixar os olhos, vai abaixar a tocha – que nunca esteve acesa – e deixar de se intitular o símbolo máximo da liberdade – que não existe, a não ser nas lojas de departamentos e agora pela internet, por variados preços e fretes os mais rápidos. se então o criador se absteve de me dizer: vou espalhar minhas urinas e tintas por onde for preciso para impor minha marca: melhor assim que sujar as digitais de tinta preta, assinar um relatório de mentira, um livro de verdade ou assassinatos em série: todos autômatos; e como não posso mijar aqui, já que no meu mijo não se contaria o número de caracteres, lhes dou uma poesia assim, do jeito que amam, com alguma rima e repleta de enters e esquisitices:

sei

eu

Retratos .../V

os versos que escrevi não são graves nem esdrúxulos
nem são agudos os meus versos
são versos, são como eu – me enchem o saco também
com todas suas métricas certas e erradas.

(além disso, há muitas outras postagens na fila dos rascunhos, direcionando a mim os mesmos maus olhos que os escritores mal-sucedidos devem enxergar os publishers)

Retratos XII/V

avistei um horizonte frestado
respirei tanques de óleo diesel
sou asfáltico
e o céu sobre pilastras varandadas.

Retratos XI/V

pra dar um corpo ao que escrevi
adjetivaram o meu nome
sou importante e inexistente
eu: como o "i" que termina meu nome.

Retratos X/V

lutei pra passar dificuldade
ah, minha miséria sonhada
sou meu herói,
moro num barco, masmorro na areia.

Retratos VIIII/V

me faço em tudo
e é no tudo onde me sinto
sou tudo
e é no tudo que está o meu caminho

Retratos VIII/V

vendo minha mãe e meu pai pra pagar o pato
o espelho é curiosidade
sou feia
na passarela não ando de salto

Retratos VII/V

as pessoas elas não sabem
mas elas não querem seu bem
sou sincera e má
permaneço extremamente sozinha

Retratos VI/V

desta vez mijei pensando em não dar descarga
a conta da água andava cara
sou pão duro e distraído
porém sempre acabo apertando a bomba

Retratos V/V

cansei o escritor deste poema
pode ser o fim desta dose
sou dosada
e só acompanhada deste adjetivo

Retratos IIII/V

inventei novos nomes com nomes que já existiam
interjeições fiz substantivos
sou alto astral
as minhas aventuras faço públicas

Retratos III/V

dormi destilando meus poemas
até acho que não acordei mais
sou, não sou
não ligo para isso de não ser mais

Retratos II/V

escrevi meus poemas
numa prosa quase jornal
sou pop
sou profunda neste mundo real

Retratos I/V

comprei uma mesa de sinuca
não tenho amigos pra jogar
não sou pop
jogar sozinho é chato pra caralho

PorQuê?

a gente é bobo.

Eu e Minha Bicicleta

andávamos ambos apropriadamente posicionados para tanto, travando um diálogo encadenado e fluido, quando ela me soltou essa:
- ninguém é de ferro, não é?
e respondeu ao meu olhar curioso:
- nem me olhe assim, foi você mesmo quem me escolheu toda de alumínio.
papo de mulher.

Por Enquanto

não é o que tem que ser
tem que ser o que é

Não, Aqui Não: No Mundo das Formigas

um mundo surge a cada segundo
depois da folha ou do galho
ou mesmo de um pote de xampu de guaraná
num segundo surge um mundo
no mundo das formigas

até que uma enorme criatura
eu
atravessa um fio de xampu

toda extensão está tomada
o caminho acaba precoce
os feromônios desaparecem sob o odor do guaraná

depois do alvoroço
a aflição
a dor da separação e
por fim
a conformação

formam-se dois países
dois territórios
com seus próprios feromônios
dois formigueiros se preparam para a guerra

Ofelino Dois

já é noite e meu gato está sentado ao pé da porta, do lado de fora, como sempre. lá, há um indício de lua cheia – que não é poesia, mas realidade. escondido, emito ruídos estranhos pelo vão da porta lateral, ruídos não humanos, creio. ele tem medo? fica impassível. saio de fininho para a cozinha fosforescentemente iluminada.

Ofelino

chego em casa e meu gato está esparramado próximo da porta, que abro facilmente. o que ele pensa?
- ai, queria eu poder abrir uma porta com tanta facilidade!
ou mesmo:
- ai, que preguiça de tanto esforço.
ou será que ele não pensa nada e quem pensa sou só eu?

Diálogo em Construção

- ah que isso ô... ô!
- no outro foi vinte peça, ô, em cada buraco.
- ê meu deus do céu!
- ó o pé fi, ó o pé, ó o pé.
- ó!
- vai estourar isso tudo aí.
- vai, vai.
- hahaha.
- pode ir?
- não!
- pára.
- pára, pára.
- hahaha.
- nananão, não, fica parado aí.
- nããão.
- pára!
- vai cair de costas!
- aê.
- sai, sai, sai
- hahaha
- nossa senhora!
- pára de mexer aí, rapá! quanto mais cê mexe mais o negócio desce!
- ô burro.
- nossa senhora!
- hahaha.
- virge...

Decerto

sertão mineiro
é sermuito
dosertão.

Ui... Ai!

ando feliz com poucas coisas,
embora não deixe de ser triste.
ando rindo de cachorro esperto,
de boi desencontrado,
de passarinho branco desconhecido.
ando me emocionando mais com o pôr-do-sol
e com a morte de insetos.
e me assusta esplendorosamente
a força do vento e da tempestade.
minha comida anda menos temperada
e ando comendo menos açúcar.
mas tudo bem, normal.
fuçando a natureza descobri:
não há mel em abundância!
e falta tanto doce na vida
que as formigas andam gostando de sal.

O Dicionário de Mal-Gosto

galo. S.m. 3. animal que todos conhecem.
galão. S.m. 2. ao contrário do que PENSAM os dicionários comuns, para quem este vocábulo seria a aberração galaroz, é o aumentativo do substantivo galo.
galã. S.f. 1. relativo ao genêro feminino do substantivo galão; galo grande e fêmea.

Intruso

não sei o que esse ser está fazendo aqui neste blog, com o perdão da palavra. creio que me vendi, mas já até me esqueci pelo quê: qual o meu preço e o que eu prometi em troca?

Momento Concreto

ser-se-basta
bastardo
tardo
se ardo
do
ser

Achamento de Mim Mesmo

eu acho
que devo achar
alguma coisa

mas inda não achei
o que é que eu
devo de achar

O Mergulho Imóvel da Gaivota

estou na rua enxergando os pedestres e os automóveis, através do óculos escuros vão todos assim como eu: também querem esconder a agonia de viver? seus olhos vêem sob a mesma gravidade opressora que os meus? tenho vontade de ligar de um orelhão para minha casa a cobrar e deixar um recado na minha secretária eletrônica que contratei há anos me alarmando de certos perigos, ameaças que agora me atacam e logo vão se esconder, logo que o dia ficar mais claro ou assim que eu voltar a praticar exercícios físicos, mas ela, a secretária, não aceita ligação a cobrar. chega uma hora que esses textos niilistas cansam, mas os sentimentos não reconhecem o desgaste e seguem voluntariosos como são de natureza, sua essência. por que não ficar quieto? por que ela ainda ontem tinha tanta graça e hoje chega a me dar repulsa? fugir é o que me vem à cabeça como fuga mesmo ou disfarçada de qualquer outra coisa suficiente para me enganar, para me fazer crer que o mundo ainda pode ser vivido, que se ser ainda basta. uma ambulância está parada entre os carros que esperam obedientes o sinal verde de uma máquina, não há espaço para ela e suas sirenes agonizantes, seu aparato de urgência inutilizado, birrento como uma criança ignorada pelos pais.

personagens VIII/IX

um homem que não sabia falar nenhuma língua.

personagens VII/IX

a mulher que herdou uma empresa que fabricava quadros de vôos de aeroportos.

personagens VI/IX

um escritor famoso que resolve dar aulas de redação para pretensos escritores numa cidade pequena, mas não ensina nada do que eles esperam aprender.

personagens V/IX

o chefe do crime organizado (tipo pcc) que, ao ser preso pela primeira vez, ainda jovem, descobre que prefere viver preso que solto; e até cria uma teoria que explica tal preferência.

personagens IV/IX

o paranóico que tem medo de estourar as bolhas do plástico-bolha porque acha que há uma conspiração assassina que as preenche com gases venenosos.

personagens III/IX

o católico da opus dei que planeja um jeito de ganhar dinheiro de seus colegas de trabalho e crê piamente que vai ganhar uma aposta que propôs a todos.

personagens II/IX

o jovem industrial que quer estabelecer um modelo de gestão baseado na colaboração entre seus empregados, mas claro não quer deixar de ser o patrão.

personagens - I/IX

dois burgueses. o francês que se rebela contra as coisas que acha injustas. o brasileiro que acha chic ser francês mas não acha chic se rebelar.

...

EU - tenho um blog agora.
AMIGO - ah é?
EU - é, mas ninguém sabe que é meu.
AMIGO - ah é?
EU - é, como tampouco alguém saiba que exista.
AMIGO - ah!
EU - olha o site: mistiforio-do-cornimboque.blogspot.com
AMIGO - ...
EU - ...
AMIGO - mas ninguém comenta?
EU – ahn... precisa?
AMIGO - ...
EU - ...

?

A Los Hijos de América

Vosotros son los hijos de América. Nosotros somos los hijos del mundo. Vosotros no permítenos conocer todas las bellezas de nuestro padre y nosotros las ofrecemos para compartimos todos. Vosotros no permítenos experimentar las construcciones que nuestros padres y hermanos los ayudaran a construir y nosotros seguimos ayudando. Nosotros no podemos entrar en su tierra sin la permisión de tu gobierno, que tiene miedo de lo que podemos hacer contra vosotros, pero vosotros entran en las tierras de nuestros hermanos tirando bombas en nuestros hijos. Vosotros quieren compartir nuestras riquezas, pero no quieren compartir las tuyas. Vosotros viven de la miseria de muchos de nosotros como se todos no fuéramos parte de la misma cosa. Vosotros contaminan nuestro aire, destruyen nuestra selva y contaminan nuestro agua, de los cuales juzgan sean dueños, así como juzgan sean dueños de la verdad suprema, como si ella no estuviera en el intimo de cada un. Vosotros quieren prohibirnos de oír lo que nuestro padre tiene para decirnos como se fueran su mensajero, pero nuestro padre está dentro de nosotros. Nuestro padre es el universo y somos su parte, por tanto todo mal y todo bien está dentro de nosotros. Sin embargo, no podemos permitir que obliguen a nosotros a vivir fuera del camino que escogemos para nosotros y para nuestros hijos. Hay muchos caminos pero no podemos permitir un camino que sea la destrucción aleatoria de la vida. Esto no es un mensaje de odio porque nosotros no odiamos a nos mismos, pero es un llamado para que respetemos la naturaleza, donde estamos nosotros y todo este mundo que trae vida, así como trajo a nuestros padres y traerá a nuestro hijos, si los hijo de América permitieren.

Autoria desconhecida, assim como eu mesmo o sou inclusive para mim.

A-ha!


o sol em pessoa já brilhara.

”Quem não for cavaleiro, que o pareça”

Veja só que para fingir direito que eu sei francês, que aliás não sei, até inclusive traduzi um poema - uma tradução a mais livre, mas está decidido que vale:

L'ENNEMI

Ma jeunesse ne fut qu'un ténébreux orage,
Traversé ça et là par de brillants soleils;
Le tonnerre et la pluie ont fait un tel ravage,
Qu'il reste en mon jardin bien peu de fruits vermeils.

Voilà que j'ai touché l'automne des idées,
Et qu'il faut employer la pelle et les râteaux
Pour rassembler à neuf les terres inondées,
Où l'eau creuse des trous grands comme des tombeaux.

Et qui sait si les fleurs nouvelles que je rêve
Trouveront dans ce sol lavé comme una grève
Le mystique aliment qui ferait leur vigueur?

- O douleur! ô douleur! Le Temps mange la vie,
Et l'obscur Ennemi qui nous ronge le caeur
Du sang que nous perdons croît et se fortifie!

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o inimigo

o tempo é uma máquina corrediça
que vai deslizando em traçados trilhos
num ritmo próprio e sem empecilhos
para fazer da vida uma carniça.

se na juventude ele nos atiça,
nos faz viver o mundo com mais brilho,
na velhice nos obriga a pedi-lo
que mude seu passo e faça justiça.

e se no fim a mão que lhe afagou
for lhe condenar à solidão e ao pranto
mostre que o tempo não lhe tirou o encanto

vivendo os momentos que não sonhou
viver quando era somente futuro
o tempo morto de viver seguro.

Bulgarite

Acredite sim, estive na Bulgária e, conseqüentemente, em Sófia: ou vice-versa.

Isso Tudo

neste mundo alfarrábico, veja só, às vezes - e só às vezes - um "há" me dá na sede beber um chá: nada na vida tem relação com a morte, a não ser que seja, claro, a própria morte, que está sempre por aí, imóvel, e um dia cospem na cara: finalmente, o sujeito indeterminado - não oculto, ainda menos o subjuntivo: indeterminado, isso tudo - mas afinal quem é que disse o que é que é tudo e se isso tudo deveras existe? há um velho livro que diz, me dizem para apaziguar minha não menos antiga dúvida: de antigo para antiga quem é que vence e quem é que é posto como o mequetrefe dos mequetrefes - o chefe? me deixem em paz para poder eu buscar a paz que eu bem ouvi latindo do outro lado do muro, ou miando, ou rezando, vá lá, vá. estou indo, estou indo, até porque ficar eu não posso: inventaram um tal de tempo para me empurrar e um tal de espaço para me situar - sempre atrás e embaixo de alguém, seja um milionário, um artista, um garanhão, um governante, o pai, a mãe, o filho ou o espírito santo de deus: esta escada eu é que foi quem não pediu, me deram junto com o chocoalho e um pedaço de carne-com-hormônio e um gole de coca-cola: isso sim deveria ser crime fazer isso às crianças e piormente aos bebês: aos bebês! mal sabem eles o abecedeário já experimentam os dessabores que o seu paladar nasceu disposto a sentir pelo próprio fato de ter nascido: mera ilusão: pernas, para que te querem? não sei, mas eu sempre preferi seguir meu caminho pelos planos, altiplanos dentro da minha preferência altitúdica, presente do espaço; mas vejam como são: sempre seguir, seguir, ser boi para depois ser mastigado por um neném que não tem sequer seus dentes-de-leite e mal sabe o mal que faço a sua frágil digestão: eu, uma vítima da ignorância de ser... de ser-se: tudo ou nada: agora ou nunca.

A Porta e o Vento

o vento entra
a porta canta

geme frestada
por vento não ser

porta atravessada
de vento: amor

Isso

quanto tempo perdi, não sei: e é bom que você me ajude a descobrir, somos os mesmos perdedores: eu, andré por vezes andréa, da família dos medeiros como poderia ser da família das cucurbitáceas, mas andré, com dois pés e sem rabo após toda uma evolução multimilenária, toda uma espantada e espantosa evolução: para chegar apenas a isto - a isso.

Cornimboque é o Diabo!

quem foi que colocou o chifre foi eu mesmo em mim: é isso que me fizeram crer sem que eu soubesse até que eu batesse com os ditos no arco da igreja: o padre, nem tampouco seu deus, ninguém nada me disse: riram, sempre, riam! disse eu, rindo também, que não sou bobo, mas com uma dor danada nesse órgão que tampouco eu soubesse da existência: existência? sim, cá estou eu: antecipei-me a todos e me traí a mim mesmo, como aprendi por dedução de uma revista de utilidades femininas - inutilidades gerais, na verdade. deixe os pensar e penar - assim sem hífen nem hímen -, pensem por nós até deixá-los cegos: os nós e eles - nóis deverá ser o plural de nós, ao menos o da gente: enquanto eles param para pensar, nós paramos DE pensar - ao vencedor o quê? está aí, não me deixaram registrar meu nome de Cafarnaum, nem de Cafarnaú - um site gay, ao que me parece e a todos que possam enxergar com os meus próprios olhos, e em língua espanhola - nem muito menos de somente Mistifório, esse sim deve de merecer o nome que me foi roubado e assim será atestado pela física quântica quando deixarem de existir o tempo e o espaço: motivo único da minha indicação, pela qual agradeço e sou agradecido desde já, até que exista.